De acordo com o CID (Classificação Internacional de Doenças)10 – F33, a depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa auto-estima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite. É uma doença incapacitante que atinge por volta de 320 milhões de pessoas no mundo, cujas causas variam dentre idade, genética, outras doenças crônicas, traumas e até mesmo pelo gênero (a incidência da doença tende a ser maior em mulheres, devido à alta quantidade de hormônios produzida e pela maior exposição a eventos potencialmente estressantes).

É importante frisar que o tratamento da depressão precisa de ser conduzido primariamente por um(a) psiquiatra e por um(a) psicólogo(a), e não somente através de uma atividade física como o pilates ou o yoga, por exemplo. Atividades físicas servem como um complemento para o tratamento, que podem ser muito benéficas conforme vamos expor a respeito do pilates, porém não servem como substitutas de um tratamento que combina psicologia e psiquiatria.

Os quadros desta doença também variam quanto à duração e à intensidade, podendo ser classificados em 3 graus: leves, moderados e graves.

Alguns dos sintomas da depressão, além dos já citados anteriormente, incluem:

  1. Agitação ou apatia psicomotoras, quase diárias;
  2. Alteração de peso (perda ou ganho de peso, desintencionais);
  3. Alteração da libido;
  4. Baixa auto-estima;
  5. Diminuição da habilidade para se concentrar e/ou pensar;
  6. Fadiga ou perda de energia constantes;
  7. Insônia ou sonolência excessivas, quase diárias;
  8. Pensamentos recorrentes de suicídio ou morte;
  9. Sentimento permanente de culpa e inutilidade.

Os benefícios que o Método Pilates pode proporcionar a quem tem de lidar com a depressão são:

  1. A Contrologia promove a conexão mental com a corporal, o que ajuda na luta contra a doença;
  2. A realização dos exercícios, ainda que com possíveis limitações, dá a(ao) aluna(o) a sensação de capacidade de completude de uma tarefa, algo muitas vezes difícil para alguém com depressão fazer por vezes. Então a medida que a(o) aluna(o) supera seus limites, sua auto estima em relação ao que ela(e) se sente capaz de fazer, aumenta.
  3. Pelo princípio da concentração trabalhado nas aulas de Pilates, a(o) aluna(o) aprende a se conectar com mais facilidade com seu corpo, transpondo barreiras mentais e físicas e lendo seu corpo de uma maneira que poderia não lhe parecer possível antes.
  4. Uma tendência bastante comum dentro da depressão, é o auto-isolamento. A pessoa que sofre com a depressão tende a se desgastar bastante ao buscar ou ao ter de interagir socialmente, então ela costuma se fechar no círculo social o qual já lhe é familiar e evita situações nas quais ela precisará interagir com pessoas novas. Contudo, faz parte do tratamento da depressão, buscar meios de driblar esta tendência ao auto-isolamento e as aulas de Pilates, em dupla ou em grupo podem auxiliar nisto, especialmente porque a pessoa já estará indo para um ambiente para realizar uma atividade que lhe causa sensações prazerosas, então a interação com a(o) instrutor(a), com as(os) colegas de grupo e com as pessoas do Studio, pode ajudar na expansão do ciclo social daquela pessoa.

Além destes benefícios, o Pilates também proporciona a(ao) praticante, aumento de sua energia, melhora no apetite e na qualidade do sono e reduz o risco de outras doenças.

Se você conhece alguém que sofre com a depressão e acredita que o Método Pilates pode auxiliá-la em seu tratamento, fique à vontade para indicar a postagem completa em nosso blog (cujo link está logo abaixo) e sempre se lembre de que todo e qualquer estímulo ao movimento da vida, especialmente para alguém com depressão, deve vir de um lugar de afeto e de empatia.